Ilhéus investe nos Serviços de Atenção Domiciliar

Melhor em Casa
Secom/Gidelzo Silva

O ciclo completo da assistência hospitalar não se esgota, exclusivamente, na atenção dispensada aos pacientes durante o período de internação intra-hospitalar. Nesse sentido, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Ilhéus, desenvolve o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), do Programa Melhor em Casa,  com o objetivo de proporcionar ao paciente um cuidado contextualizado de acordo com a cultura, rotina e dinâmica familiar, em sua própria residência, evitando hospitalizações desnecessárias e diminuindo o risco de infecções.

Os serviços compõem a Rede de Atenção à Saúde e devem estar integrados mediante o estabelecimento de fluxos assistenciais, protocolos clínicos e de acesso, e mecanismos de regulação, em uma relação solidária e complementar, explica a diretora da Atenção Básica, Bárbara Christian. Além disso, esses atendimentos potencializam uma melhor gestão dos leitos hospitalares e o uso mais adequado dos recursos. Também servem de "porta de saída" para a rede de urgência/emergência, diminuindo a superlotação, sendo assim, um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências. 

Na última terça-feira, dia 29, o secretário de Saúde, Antônio Ocké, acompanhou a equipe em visita à pacientes cadastrados no Bairro da Conquista, a exemplo do aposentado Antônio Bispo dos Santos, 74 anos. O paciente amputou uma das pernas há um ano, ficando sem condições físicas de se dirigir a um Posto de Saúde. Em sua residência, ele recebeu atendimento de dois médicos, fisioterapeuta, enfermeira, assistente social e técnico de enfermagem, inclusive com o fornecimento de remédios referentes aos males diagnosticados.

Segundo Bárbara Christian, diariamente são atendidos 15 pacientes. Para o senhor Bispo dos Santos, a visita domiciliar realizada pela equipe de saúde é sempre aguardada com expectativa, pois atende todos os requisitos, até mesmo com a promoção de exames, entre outros encaminhamentos. “Isso para nós, que temos dificuldades de locomoção, é muito bom, principalmente, porque somos tratados por excelentes profissionais, carinhosos e atenciosos com toda a família”, afirmou.

De acordo com a diretora da Atenção Básica, o serviço domiciliar está organizado em três modalidades: AD1; AD2 e AD3. O primeiro é destinado a usuários com problemas controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção e que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde. Esta modalidade é desenvolvida pela estrutura da Sesau, oferecendo ao paciente uma visita mensal dos profissionais do núcleo de Estratégia da Saúde da Família (ESF).  

Já as modalidades AD 2 e AD 3 de Atenção Domiciliar, continua Bárbara Christian, são desenvolvidas  na estrutura do Hospital Regional Luiz Viana Filho, e atendem pacientes oriundos da internação hospitalar,  procura espontânea, demandas judiciais, sistema regulatório vigente, entre outras portas de entradas.  “A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de responsabilidade da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e da Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP)”, atesta Bárbara Christian.

A Sesau entente, que o sucesso terapêutico depende da possibilidade concreta de adoção de uma sequência de cuidados que devem ser observados após a alta hospitalar. Para isso, é fundamental que os pacientes egressos - e de acordo com suas reais necessidades – possam ser acompanhados e apoiados por equipes multiprofissionais, capazes de dispensar os cuidados de saúde apropriados, mesmo em ambiente domiciliar.